Segunda geração será produzida em Gravataí (RS) e tem lançamento marcado para o segundo semestre

Os novos Chevrolet Onix e Prisma serão lançados ainda em 2019, conforme Autoesporteantecipou. Mas os modelos ainda não apareceram em fotos oficiais. Foi a deixa para pedirmos uma projeção acurada do hatchback ao designer João Kleber Amaral. O lançamento é previsto para o início do segundo semestre deste ano. 

A família será completa e inclui a nova geração do Chevrolet Tracker (revelado por um registro de patentes na China) e uma picape média-pequena para enfrentar a Fiat Toro, Renault Oroch e VW Tarok. Sem falar em um monovolume destinado a substituir a minivan Spin.

A produção será dividida em várias fábricas do grupo. Onix e Prisma serão feitos em Gravataí (RS), enquanto o novo Tracker será produzido em São Caetano do Sul (SP). Outros derivados serão feitos no México, onde a plataforma GEM também será feita.

A nova linguagem de estilo da Chevrolet segue de perto o trabalho feito nos hatches e sedãs do mercado norte-americano. Os faróis invadem pouco as laterais e os de neblina são bem disfarçado nas falsas entradas de ar. Luzes de rodagem diurnas funcionais são destaque, uma vez que o atual não tem essa funcionalidade. Atrás, as lanternas podem apostar em luzes de LED nos mais caros e terão dentes na parte inferior como no Prisma.

A grade bocão será mantida no nacional. Filetes cromados vão ajudar a dar aquela enriquecida visual, e um elemento plástico atrás das janelas servirá para fazer a ponte visual entre o Onix e o Cruze. Nesse segmento, parecer com um médio vale mais do que dinheiro.

O prolongamento da traseira deve aumentar o volume do porta-malas. De acordo com a Chevrolet, o hatch atual leva 280 litros. Na medição da Autoesporte, o compartimento provou ter 313 litros, volume que o deixa atrás praticamente só do Renault Sandero (347 litros na nossa medição).

O entre-eixos terá 2,60 metros, exatos 2 centímetros a mais do que o dos atuais Onix e Prisma. A plataforma vai ajudar a ganhar uns centímetros extras para os passageiros. Podemos esperar por um compacto bem mais espaçoso, o que ampliará a vantagem em relação a concorrentes menores e ao próprio HB20. A medida é a mesma do Nissan Versa e tem 1 centímetro a mais que o Renault Sandero, referências de espaço nos seus respectivos segmentos.

Confirmados pelo fabricante, o investimento na fábrica de motores da General Motors em Joinville, Santa Catarina, dará origem a uma nova linha de motores 1.0 de três cilindros e 1.2. Na versão aspirada, o propulsor promete mais potência e torque do que o atual quatro cilindros. A potência certamente será superior aos atuais 80 cv (com etanol) e o torque passará de 10 kgfm, ante 9,8 kgfm do antecessor. Por outro lado, as transmissões automática e manual de seis marchas serão mantidas.

No entanto a grande novidade vai ficar por conta do primeiro 1.0 turbo lançado pela Chevrolet no Brasil. O motor está em uso no exterior em modelos como o Opel Adam, que tem duas faixas de potência (90 cv e 115 cv) e torque de 16,8 kgfm. Ele deve render cerca de 120 cv por aqui, faixa semelhante ao 1.0 TSI da Volkswagen. E quanto ao Onix vendido atualmente?

A General Motors não vai tirar os antigos Onix e Prisma de linha. Os modelos vão continuar como opções de entrada. É uma jogada esperada, pois ambos vendem mais nas versões de acesso Joy. Ambos podem ficar mais tempo no mercado e saírem de linha apenas quando entrar em vigor a exigência de controle eletrônico de estabilidade e de tração para projetos antigos, prevista para vigorar a partir de 2022.

Fonte: Revista Auto Esporte 08/02/2019